AMÉRICA DO SUL / Punta del Este
Caio Tristão
Caio Tristão
Atualizado em 19/02/16

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O que fazer | Onde ficar | O que comer | Como ir | Quando ir

Se você pensa que Punta del Este é só aquele balneário brega-chique dos programas de Amaury Jr. no casino Conrad… está enganado! A bombada praia uruguaia não é apenas para ricaços.

Sim, você vai babar nas mansões de Beverly Hills e nos condomínios de Playa Brava. Sim, entre um cruzamento e outro vão desfilar carros pomposos e grupinhos de jovens abastados. Mas na verdade, o público que frequenta a cidade é bastante eclético e tipicamente de veraneio, com muitas famílias. A fama de festeira também se confirma: Punta tem uma oferta considerável de bares e boates que atraem uma molecada caliente.

Existem duas Puntas del Este. A concorrida do verão, com 400 mil turistas, entre Dezembro e Fevereiro; e a cidade que hiberna no resto do ano, quando o frio prevalece e restam opções apenas para quem quer descanso. Contudo, há uma Punta que jamais podemos deixar de lado: aquela que serve como hub para desfrutar outros cantinhos bacanas nas redondezas.

O QUE FAZER

Punta del Este é uma ponta.  Mas, a badalação da região se estende desde Punta Ballena, passando por La Barra, atéééé José Ignácio.

Península

Na península está a principal concentração de lojas, bares, restaurantes e hotéis. A Av. Gorlero detém a maior parte do comércio e fatia a ponta em duas: à esquerda está o rio da Prata, e a Playa Mansa; e à direita a Playa Brava, no Oceano Atlântico. Ambas ficam cheias no verão, com estrutura de quiosques. A Mansa é privilegiada pelo pôr do sol no mar e o início da Brava é onde fica o sem graça Monumento dos 5 dedos.

punta-av-gorleroAv. Gorlero

Por toda essa área, mas apenas aqui, dá para fazer tudo a pé ou de táxi. Punta funciona muito melhor de carro. Eu diria que é fundamental. Você vai ganhar autonomia e viabilidade para explorar o lugar por completo, que vale a pena. Planeje para estar motorizado durante toda sua estadia.

Bares e Restaurantes

Punta del Este é bem servida. São tantas opções que fica difícil recomendar algo específico. Um canto legal da cidade é próximo a marina, ou porto.

Na Rambla Portuária, a trinca de restaurantes Virazón, El Secreto e Guappa oferecem duas vantagens: funcionam o ano todo e são ótimos para contemplar o pôr do sol. Eles estão um do lado do outro, entre as ruas 27 e 28, e o charme é sentar em decks no calçadão à beira mar, debaixo de ombrelones. Os garçons atravessam a rua com os pedidos dos clientes.

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Ainda na rambla, um pouco mais abaixo, o Lo de Tere, com simpáticas mesinhas, tem um bom ceviche e cardápio variado.

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Lo de Tere: aprovado.

Já em frente ao porto, a avenida da orla dá uma espremida entre as calles Virazon e 2 de Febrero. Vários barzinhos desfilam ao longo de ambas as ruas – o meu predileto é o Lo de Charlie (Virazon, 819). Neste pequeno trecho, no início da noite e durante toda a madrugada, a rambla é ocupada por mesas e os disco-pubs ganham vida. Três chamam a atenção e são ótimas opções para uma noitada: Mambo Club, Soho e Moby Dick.

Eu e Kelly estivemos em Outubro em Punta, ainda baixa estação. Doidos para curtir uma baladinha, em plena Quinta-feira, partimos para o Moby Dick em busca de movimento. Quase não acreditamos quando chegamos ao pub. Casa lotada, música alta, pessoas dançando e bebendo. Pedimos um drink, partimos pra pista e, em instantes, nos demos conta que todos em nossa volta eram brasileiros. E mais. Tratava-se de um grupo de funcionários de uma empresa de Goiânia que participava de um congresso na cidade. Em pouco tempo, trocaram a música internacional por sertanejo universitário.  Nem duas horas depois que chegamos, como um toque de recolher, todos embarcaram nos ônibus que pararam na porta e evaporaram frente aos nossos olhos. Assim, do nada. Foi aí que a gente percebeu que tinha sobrado APENAS nós dois no lugar. Sério. Resumo: não acontece nada em Punta del Este fora do verão.

Punta Ballena

É em Punta Ballena, a oeste, sentido Montevidéu, que está a atração número 1 de Punta del Este: a Casa Pueblo. Uma imponente casa-escultura concebida pelo artista uruguaio Carlos Vilaró, em estilo mediterrâneo e com curvas que lembram construções de Gaudí. É coisa linda de se ver!

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punta-casa-pueblo-dentroNão é?

O lugar funciona como um hotel (para magnatas), um museu com galeria de arte, uma lojinha, uma cafeteria e um fabuloso mirante para o pôr do sol. A visita é obrigatória.

Comece pelo museu. Logo na entrada, uma salinha exibe um curta-metragem biográfico sobre o artista com destaque para a impressionante história do filho de Vilaró, sobrevivente do famoso acidente aéreo nos Andes em 1972. Depois, passeie pelo museu e se quiser faça compras na lojinha.

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Já a cafeteria funciona dentro no hotel, à beira mar. Você paga para entrar, mas tem direito a consumir o valor do bilhete. Também serve almoço, mas fique atento ao horário de funcionamento. Por último, programe-se para assistir ao pôr do sol de camarote, na disputada varandinha.

Na ida, faça um pit stop na pequena península de Punta Ballena. Dá para tirar boas fotos e comprar alguma coisa nos hippies que ficam por ali.

punta-punta-ballenaPunta Ballena

Temporada de baleias

De Junho a Setembro, as Baleias Francas vindas da Antártida transformam a costa de Piriapólis a Punta del Este em passarela de desfile. As Playas Pinares, Las Delicias e Mansa funcionam como pontos de observação. Você não achava que Punta Ballena tinha este nome à toa, né?

La Barra

Seguindo no sentido norte, oposto a Montevidéu, em 25 Km você chega ao rio Maldonado. A ponte ondulada é o principal cartão-postal e o portão de entrada de La Barra, o agitado reduto da moda para a molecada que frequenta Punta. São muitos restaurantes, bares e boates bem bacanas. As praias são ótimas e bastante movimentas.

punta-la-barra-ponteLa Barra

A viagem é legal, mas diferentemente de Punta, La Barra só funciona no verão MESMO. Durante o resto do ano todo o balneário fica de portas fechadas.

José Ignacio

Seguindo no mesmo caminho, pouco mais de 25 Km a frente você alcança José Ignacio – a praia cool e mais metida da vizinhança, mas que também só tem vida no verão. Há bons hotéis na vila e o célebre restaurante pé na areia Parador la Huella é destino certo. Só que o passeio já vale a pena, mesmo na baixa temporada, para umas fotinhos no farol (aberto ao público nos sábados, domingos e feriados).

punta-jose-ignacio-farolJosé Ignacio

A próxima parada…

De José Ignacio pra frente, já se aproximando da fronteira com o Brasil, um destino específico realmente merece um destaque especial: a pitoresca praia de Cabo Polonio. O Parque Nacional tem uma característica tão singular e encantadora que ganhou uma página à parte (com todos os detalhes: como chegar, onde comer e ficar). Vai !

ONDE FICAR

Uma vez que você entendeu o que cada canto da região tem pra oferecer, basta fazer o match com o seu perfil de viagem. Como se fosse fácil, né!  Tem para todos os gostos, e bolsos. Então, vamos as dicas…

Se hospedar na península, em especial no centrinho, é mandatório para quem está sem carro. Dali, todas as atrações estão de bandeja. Você pode encontrar bons preços – sem nada de especial! – ao longo das avenidas paralelas Remanso e El Mesana.

Se puder cacifar mais alto, no comecinho da Playa Mansa, existem algumas alternativas além do Conrad. Assim como no meio do trecho entre a Mansa e a Las Delicias.

punta-conradCadê o Amaury Jr.?

Em Punta Ballena, além do próprio hotel Casa Pueblo, existe o chiquérrimo Cumbres.

No outro lado, La Barra e José Ignácio são abarrotados de opções. Hotéis arrojados à beira mar, com beach lounges privados; pousadas e albergues, entre as ruas principais, no meio da muvuca; bangalôs 5 estrelas de redes internacionais, como o Fasano Las Piedras. Se estiver com di$posição, tire onda no Playa Vik ou procure descanso em locais do gênero hotel fazenda/resort, como Mantra e Posada Azul Marino.

O QUE COMER

Nem só de carne vive o Uruguai. Em praticamente todos os restaurantes supracitados nesta página, os pedidos que fiz foram de frutos do mar. A “comida típica de Punta” varia entre boas opções de pescado, massa com camarões ou ceviches de peixes da região (o top fica na cevicheria peruana Sipan, na rua principal de La Barra).

punta-mariscadaPescado com marisco e legumes

punta-pescadoE a la mantequilla

Se mariscos não é o seu forte, a cidade é cheia de outras opções. A conhecida parrillada montevideana do El Pelenque tem versão no balneário, em frente ao Punta Shopping.

Churros? Tem também, claro. O melhor é o Manolo na calle 29.

COMO IR

Punta del Este está a 135 Km de Montevidéu, em excelente pista dupla, pela Ruta Interbalnearia (ou Ruta I).

De ônibus, dá para ir direto do Aeroporto Internacional de Carrasco, na capital. A COT cumpre a rota diariamente em vários horários. Você pode procurar um serviço de van ou combinar um valor fechado de táxi (em torno de 200 dólares). Também existem saídas na rodoviária Tres Cruces.

De carro, desde Porto Alegre, são 720 Km via BR-116 até Pelotas, com desvio para BR-471 e Ruta 9 até a cidade.

QUANDO IR

Punta del Este ferve durante todo o verão. As ruas ficam abarrotadas de turistas do Natal ao Carnaval. Esta é a melhor época para visitar a cidade se quiser encontrar tudo funcionando. Alguns restaurantes e bares, com vida própria, não fecham as portas e dá para barganhar excelentes preços nos hotéis fora de temporada.

Os arredores (La Barra e José Ignacio) só funcionam no verão e hibernam durante o resto do ano.

No inverno, de Junho a Setembro, as máximas não passam dos 15 °C, podendo ter noites com temperaturas próximas a zero graus.

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