Como reservar hotel
Caio Tristão
Caio Tristão
Atualizado em 29/07/15

Tente se recordar do remoto início dos anos 2000. Faça um esforço para lembrar com que frequência você viajava e quão “simples” era quando queria, por exemplo, reservar um lugar para ficar numa cidadezinha do interior de um país europeu. Pense em quantas opções de hotel existiam e de que forma você cotava os valores de suas respectivas diárias. Han!?

Ainda bem que os tempos mudam e você não depende mais da opinião do seu (ex) agente de viagem ou da matéria que saiu no jornal, tampouco da única indicação que seu amigo te dava. É redundante dizer que qualquer informação necessária, hoje em dia, está a um clique do nosso alcance – tudo nessa coisa maluca chamada internet.

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Mas é aí que mora o perigo. São tantos sites, tantas opções, tantas promoções, que é praticamente impossível recomendar um hotel com a melhor relação custo x benefício para uma cidade qualquer. É muito comum que um mesmo hotel pratique diferenças absurdas em suas tarifas, num mesmo período, para um mesmo tipo de quarto. Depende apenas da antecedência que você fez a reserva, do tipo de política de reembolso escolhida, da promoção, de qual site…

Também seria injusto tentar categorizá-los. As estrelas já não servem mais. Atualmente, os hotéis estão classificados por um tipo meio brega de relevância e perfil: de campo, fazenda, internacional, de charme, gay friendly, boutique, suítes. Então, na boa, é difícil demais indicar um hotel específico, mas têm várias formas de você ser bem assertivo na sua reserva. Vai por mim:

Mentalize qual sua preferência e o tamanho da sua disposição financeira $
Eu não sou nada fã destas grandes redes hoteleiras. Tento só me hospedar em Ibis, Quality, Marriot, Mercure, Radisson, etc, se for a trabalho. Acho essa padronização de quartos e atendimento super impessoais, tirando todo o charme de uma viagem de férias. Prefiro mil vezes hotéis familiares, pequenos, personalizados e muitas vezes mais simples. Adoro pousadas!

Mas, sabe como é. Entendo perfeitamente quem gosta deste tipo de hospedagem e abdica da emoção da escolha, sabendo exatamente o que esperar. É uma forma segura de ter conforto – igual comer no McDonald’s mundo afora: sempre mais ou menos, mas sempre lá, igual.

Resumindo, galera, nesta primeira etapa é importante apenas que você tenha em mente qual o seu tipo de hotel e o quanto você estaria disposto a pagar. Defina um limite (ex.: até 200 dólares a diária para a cidade X; no máximo 120 dólares para a cidade Y). Com isso em mente, vamos colocar a mão na massa em busca da opção certa.

Busque disponibilidade no seu período de estadia
Reservar hotéis pela internet é 100% seguro. Os sites que eu recomendo são: os que funcionam como consolidadores (Kayak.com, Trivago.comDetectaHotel.com e o certeiro TripAdvisor.com) e os que funcionam como agências (Booking.com e Hoteis.com). Com as datas em mãos, você terá uma lista enorme de opções.

Faça os primeiros filtros no resultado
O basicão pra mim agora é já colocar os tetos de preço por diária que você definiu. Na sequência, escolha alguns bairros ou regiões de interesse. E é aí que você limita a apenas aquelas opções que estarão muito próximas do hotel ideal pra você. Vai por mim, acertar o local é acertar o hotel. Por isso, é preciso que você tenha alguma ideia de onde ficar (centro ou bairro residencial; no burburinho ou num local mais afastado; etc).

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Truque: localize o seu hotel utilizando o mapa
Este é o meu maior macete! Tendo certeza do bairro onde quero ficar ou não, clico num hotel qualquer e sempre vou no mapinha verificar outras opções na redondeza. Nos sites que sugeri acima, todos eles oferecem esta ferramenta. Desta forma, você poderá verificar a região onde há mais hotéis – possivelmente a mais turística – e conferir o preço da concorrência (passando o mouse em cima do ponto marcado do mapa, você encontra o nome, a nota de recomendação e a tarifa total daquele hotel).

Além disso, no mapa já dá para checar a proximidade do hotel com pontos turísticos, bares, lugares de interesse, estações de metrô, entre outras coisas.

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Com suas opções listadas, leia as avaliações
A esta altura do campeonato, você já deve estar com seus finalistas elencados. Sugiro abrir cada um deles em uma nova aba do seu navegador para melhor avaliá-los. Verifique a nota dos hotéis, mas jamais se baseie apenas por ela – é fundamental ler as recomendações fazendo sua avaliação de cada opinião, pesando os prós e contras listados.

Claro que, a partir de comentários pessoais e geralmente muito subjetivos, é complicado ter a certeza do melhor hotel. Tudo é muito bom e tudo é muito ruim. Por isso, concentre-se apenas nas informações úteis (localização, barulho, limpeza, serviço) e desconsidere opiniões que possivelmente são casos isolados (chuveiro demora pra esquentar, ar condicionado com barulho, recepcionista mal-educado(a), etc). Esta etapa toma tempo, mas é importante.

Não menos importante que tudo isso, estabeleça seus próprios parâmetros e junto com seu(s) companheiro(s) de viagem defina o que pareça ser o hotel que mais combina com vocês.

Últimas verificações na tarifa e clique no botão de reservar
Com o hotel vencedor definido, leia com cautela as regras tarifárias e as políticas de cancelamento. Geralmente, as opções mais tentadoras vão exigir que você pague o total da estadia sem chance de reembolso em caso de cancelamento. É nessas horas que o barato pode sair caro e por isso vale aquele cuidadinho especial.

Por último, claro, conte com a sorte!  Seguindo estes passos você minimiza sua chance de erro, mas não tem como fugir dos imprevistos e aventuras quanto se está viajando… E este é o grande barato!

Você tem seu próprio esquema? Conte aí!

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